Vereadores querem mudança no modelo de gestão do Hospital São João

por comunicacao — publicado 14/02/2013 16h41, última modificação 19/11/2015 09h03

Ao comemorarem o fim da greve dos funcionários do Hospital São João, os vereadores de Registro se pronunciaram, nesta quarta-feira, 13, solicitando uma mudança no modelo de gestão do Hospital. A paralisação ocorreu por 10 dias, devido aos salários atrasados por mais de 60 dias. Os médicos dos setores de oftalmologia, ambulatorial e ortopedia também paralisaram suas atividades e o atendimento foi somente de urgência e emergência, respeitando os 30% exigidos pela lei de greve. De acordo com a presidente da Câmara, vereadora Drª Inês Kawamoto (PSDB), nesta semana os funcionários haviam recebido seus salários, porém os médicos ainda continuavam sem receber, alguns inclusive não recebem desde outubro do ano passado. Segundo os vereadores Diabinho (PMDB) e Raul Calazans (PT), há indícios de que o INSS e o FGTS dos funcionários não estão sendo recolhidos há mais de um ano – fato este que será investigado e acompanhado por todos os vereadores de Registro.
A Apamir (mantenedora do Hospital) deve ter eleição para uma nova diretoria no próximo mês. Para os vereadores é o momento certo para buscarem alternativas e remodelarem o modelo de gestão do hospital. O objetivo é evitar as crises recorrentes ocorridas nas últimas duas décadas. “Nós vereadores temos que participar deste processo (se referindo a mudança na gestão administrativa do hospital). Agora temos que trabalhar para que não haja mais crises, que os gestores financeiros possam investir com tranquilidade e para que o hospital se consolide com maior resolutividade”, disse Drª Inês. “Se não mudarmos a estrutura, não adianta mudar as pessoas, porque daqui a algum tempo os problemas voltam a ocorrer”, enfatizou Raul Calazans ao descrever que seria necessário um Conselho Gestor atuante e comprometido com a Saúde em Registro, composto pela Apamir, médicos, funcionários e usuários. Já Diabinho sugeriu que haja uma profissionalização na administração da entidade.
A diretoria da Apamir e o Sindicato fizeram um acordo garantindo 180 dias de estabilidade para os funcionários que fizeram greve, além de não terem os dias de paralisação descontados.