Teste do coraçãozinho deve ser obrigatório nas maternidades de Registro

por comunicacao — publicado 19/02/2013 16h52, última modificação 19/11/2015 09h03

O primeiro Projeto de Lei proposto pelo Legislativo Registrense neste mandato foi aprovado por unanimidade, e quebrando o protocolo, foi aplaudido pelo público presente no Plenário após sua aprovação. O PL (proposto pela vereadora Drª Inês Kawamoto- PSDB) aprovado pela Câmara nesta segunda-feira, 18, passará agora pela sanção do prefeito para então virar Lei Municipal, onde obrigará a todas as maternidades do município a submeterem os recém-nascidos nas primeiras 24 horas de vida ao “teste do coraçãozinho” – exame de oximetria de pulso.
O exame pode diagnosticar a cardiopatia congênita (qualquer anormalidade na estrutura ou na função do coração, que surge nas primeiras oito semanas de gestação, quando se forma o coração do bebê. Essa anomalia pode ser simples, que pode se resolver sozinha com o crescimento, outras necessitam de medicamentos e outras ainda necessitam de uma ou mais cirurgias cardíacas, e em alguns casos é fundamental e vital uma intervenção logo após o nascimento. De acordo com informações da Associação Pequenos Corações, representada no Plenário durante a votação, pela Carla Takaki (mãe de uma criança cardiopata), cerca de 1 a 2 recém-nascidos vivos apresentam cardiopatia congênita crítica, sendo que muitos deles recebem alta das maternidades sem diagnóstico e podem ter um mal súbito, ou vir a óbito antes de receber tratamento adequado. O diagnóstico precoce, especialmente deste tipo de cardiopatia crítica pode evitar a morte de muitas crianças.
Antes da votação, Carla Takaki usou a Tribuna da Câmara, para explicar melhor os benefícios da realização de um exame simples, rápido, não invasivo e de baixo custo, que pode salvar muitas vidas. Carla também relatou sua experiência pessoal, narrando toda a trajetória que teve nos últimos oito anos, desde o nascimento de sua filha cardiopata. Hoje com sua filha saudável busca lutar e defender a causa da Associação dos Pequenos Corações, criada por mães de cardiopatas.